Cristiane Bonfanti Publicação: 24/07/2011 08:00 Atualização: Luciana dos Santos (direita) faz bicos como babá: "Queria ter segurança, fundo de garantia e aposentadoria" A pernambucana Josefa Aparecida da Silva, 29 anos, tem se esforçado para não desanimar. Angustiada com as contas atrasadas, ela bate de porta em porta, há sete meses, em busca de um emprego. Mesmo com ensino médio completo e mais de 15 anos de vida profissional, na hora de disputar uma vaga, ela depara com a discriminação. Mulher e negra, já abriu mão de postos específicos e decidiu topar qualquer posição. Em vão. Josefa identifica na cor da pele o motivo do preconceito. “Em uma entrevista, éramos eu e duas mulheres brancas. Mesmo sem experiência, elas foram escolhidas”, lamenta. Josefa é um dos retratos mais claros das desigualdades que persistem no mercado de trabalho brasileiro. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, embora a taxa de desemprego tenha caído ao longo