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Mostrando postagens de maio 28, 2006

Um Paradoxo Vital

No caminho do amor tem um grande trecho chamado dor. As maiores e mais marcantes historias de amor passaram pela dor. A mais primária e central historia de amor tem como cenário, uma cruz, alguns pregos, sangue e um calvário. Até as histórias mais lindas dos romances mais dignos, passam pelo caminho da dor. A dor tem um efeito misterioso sobre o nosso coração. Talvez ela esquadrinhe cada sentimento, cada pensamento, nos impulsionando para um estágio mais maduro. Os momentos de dor são marcantes. Eu lia uma carta de uma mãe assolada pela dor da perda de uma filha e ela compartilhava sobre sua dor viceral que, paradoxalmente, se originava de um sincero amor materno. Aprofundei-me um pouco e acabei por ler que as mais profundas e irreparáveis marcas são causadas pela dor do amor. A dor do amor é sempre uma perda, não se repara não se preenche, apenas recebe conforto. Lendo o livro de Jó podemos perceber na historia daquele homem uma verdade esquecida, apagada da mente moderna. O mundo de

O Saber do Amor

Fico pensando que uma das experiências mais profundas do homem é o amor. Sem dúvida sua colocação é primária nas intenções da vida. A experiência doida de sair do eu, calmo e tranqüilo e se lançar no incerto e misterioso outro compõe essa visceral condição que é quase que uma sina na qual estamos todos sob risco eminente. A grande maioria das pessoas foge e se distrai desse risco como quem luta em prol da própria vida. E com certeza se lançar no amor envolve sinais vitais. Envolve o bombear do sangue pelas veias do corpo e o adentrar do ar nos espaços do pulmão. Talvez todo esse peso gere em nós calafrios. É um novo mundo inóspito e desconhecido que escapa a segurança do “eu” e se lança nas incertezas do “outro”. Amor é uma mobilização do ser que desestabiliza as entranhas. Mas poucos se arriscam por seus caminhos. Poucos se deixam levar. Na verdade, o mais seguro a fazer é fugir ou se entregar ao medo que é arrebatadoramente paralizante. E esses que preferem o medo ao amor jamais sa