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Mostrando postagens de dezembro 11, 2005

A líquida racionalidade moderna recomenda mantos leves e condena as caixas de aço

Nos compromissos duradouros, a líquida razão moderna enxerga a opressão; no engajamento permanente percebe a dependência incapacitante. Essa razão nega direitos aos vínculos e limes, espaciais ou temporais. Ele não têm necessidade ou uso que possam ser justificados pela líquida racionalidade moderna dos consumidores. Vínculos e liames tornam “impuras” as relações humanas – como o fariam com qualquer ato de consumo que presuma a satisfação instantânea e, de modo semelhante, a instantânea obsolescência do objeto consumido. Os advogados de defesa das “relações impuras” teriam de se esforçar para tentar convencer os jurados e obter sua aprovação. Sigusch acredita que cedo ou tarde “os impulsos e desejos que escapam aos grilhões da racionalidade” retornarão – e trarão vingança. E quando o fizerem não seremos capazes de responder “sem recorrer ao uso de conceitos sobre instintos naturais e valores eternos corrompidos até a raiz, histórica e politicamente”. Se isso vier a ocorrer, como Sigusc

Sexo, amor e paixão.

Semana passada ouvia de um colega suas crises quanto à virgindade. Aliais esse nome por si só já e retrogrado. Virgindade é um nome em desuso hoje, mas isso não se explica apenas por uma questão doutrinaria-religiosa versus cultura pós-moderna. Existe uma realidade que está além de meros conceitos. Falar sobre virgindade hoje nos remete a grande crise de amor entre as pessoas. Com a realidade relativa que vivemos, muitos estão enganados quanto ao amor e a paixão, na verdade a grande maioria das pessoas se decidiu pela paixão e colocou seu nome de amor. Essa verdade é vista no sexo em um relacionamento fora da aliança. Temos uma cultura que valoriza o sucesso e que quer estendê-lo a todos os cantos. Até o amor é medido, socialmente, pelo êxito. O amor é vulnerável ao fracasso, ele está sujeito às condições do outro, logo nem sempre se assegura o sucesso. Uma das grandes diferenças entre o paganismo romano e o cristianismo era que o primeiro, o paganismo, celebrava o corpo e os bens dest