Sexo, amor e paixão.

Semana passada ouvia de um colega suas crises quanto à virgindade. Aliais esse nome por si só já e retrogrado. Virgindade é um nome em desuso hoje, mas isso não se explica apenas por uma questão doutrinaria-religiosa versus cultura pós-moderna. Existe uma realidade que está além de meros conceitos. Falar sobre virgindade hoje nos remete a grande crise de amor entre as pessoas.
Com a realidade relativa que vivemos, muitos estão enganados quanto ao amor e a paixão, na verdade a grande maioria das pessoas se decidiu pela paixão e colocou seu nome de amor. Essa verdade é vista no sexo em um relacionamento fora da aliança. Temos uma cultura que valoriza o sucesso e que quer estendê-lo a todos os cantos. Até o amor é medido, socialmente, pelo êxito. O amor é vulnerável ao fracasso, ele está sujeito às condições do outro, logo nem sempre se assegura o sucesso. Uma das grandes diferenças entre o paganismo romano e o cristianismo era que o primeiro, o paganismo, celebrava o corpo e os bens deste mundo. O segundo, o cristianismo, contava com a possibilidade da dor, do fracasso e do martírio, inclusive do martírio de Deus por amor dos seus, logo este martírio não representa um sucesso aparente para a sociedade moderna, por isso é melhor descartá-lo. A mostra de que havia algo divino na dor, na perda e na vergonha, são contrarias a realidade de hoje. Por isso que ante a agressão sofrida, Cristo recomendou que se desse a outra face.
De certa forma voltamos ao paganismo, ou nunca saímos de lá. Mas o fato é que o amor resiste, o amor espera, o amor suporta: a dor, a distancia e o tempo. Inclusive o amor suporta o próprio desejo em favor do desejo do outro, logo amar é esperar, é passar por provas, inclusive a prova do tempo e do controle, em prol da verdade e da durabilidade. Creio que quem espera e persevera caminha em direção aquilo que é durável, resistente e acolhedor. O que é diferente da paixão. Alguém disse: “o amor é calmo a paixão e veemente”, mas assim como veemente ela é traiçoeira, assim se limita ao tempo a dor e as circunstâncias, daí, não se vive com ninguém a vida toda apenas com paixão é preciso o calmo, logo é preciso amor. A maior prova de amor que se pode dar hoje é o controle do próprio desejo, em favor de um bem comum, o crescimento. Quando se espera se cresce quando se cresce se quer casar.

O pensamento contemporâneo reconhece:
Gabriel García Márquez premio Nobel de literatura diz:
"O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança."

A vontade de Deus é que se aprenda a buscar não o "subterfúgio" como fim em si mesmo, mas o verdadeiro bem: o amor!

terça-feira, 23 de março de 2004
Coracy Coelho
Brasília

Comentários

Anônimo disse…
NOSSA!QUE VISÃO LEGAL DO AMOR QUE DEUS TE ABENÇOE E QUE MANDE UMA VAROA PRA TE.SE JÁ TEM QUE O SENHOR VENHA ABENÇOAR A UNIÃO!!!!!!!

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