A graça de um Grupo que encanta com dança

Ontem tive a oportunidade de apreciar o Grupo Corpo com suas duas apresentações: Missa do Orfanato, baseada nos acordes de Mozart, e Onqotô que é carregado de mensagem e questionamento sobre a vida. A obra Onqotô deixa suas questões existencias para serem tratadas e respondidas por todos aqueles que demonstram sensibilidade em favor da vida. A letra de Caetano Veloso abaixo retrata um pouco disso e deixa um vasto espaço para questionamentos e respostas que precisam ser feitos a bem de se entender o ser:

TÃO PEQUENO

Onde pode acolher-se um fraco humanoOnde terá segura a curta vida,
Que não se arme e se indigne o Céu sereno Contra um bicho da terra tão pequeno?

Mais sobre o Grupo Corpo em Brasília

O Grupo Corpo está de volta com uma homenagem aos 250 anos de nascimento de Wolfgang Amadeus Mozart. No palco da Villa-Lobos, uma das coreografias de maior sucesso da companhia mineira propõe ao público um mergulho numa catedral de sombras, luzes e fumaças. Trata-se de Missa do Orfanato, em cartaz até domingo na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro.
Inspirada nos acordes de Missa K.139, de Mozart, a coreografia foi encenada pela primeira vez em 1989. Ficou no repertório do grupo por oito anos consecutivos e se despediu dos palcos em 1997. Sucesso de público e crítica, Missa do Orfanato volta remontada, mas com poucas alterações. Segundo o coreógrafo Rodrigo Pederneiras, um dos motivos para deixar a obra praticamente intacta foi sua atualidade.
Durante 45 minutos, 20 bailarinos usam o movimento do corpo para dar vida a algumas evocações bíblicas. Os Cristos crucificados e a reprodução da famosa escultura Pietà, de Michelangelo, são os destaques da montagem que conta, ainda, com cenografia de Fernando Velloso, figurino de Freusa Zechmeister e iluminação de Paulo Pederneiras.

Onqotô

Além de Missa do Orfanato, o público brasiliense poderá curtir outra coreografia do Grupo Corpo. Onqotô, que em bom mineirês significa “Onde que eu estou?”, foi apresentada pela primeira vez em 2005 e marca os 30 anos da trajetória da companhia, enquadrada entre as dez mais importantes do mundo.

  Posted by Picasa O espetáculo remete a uma jornada misteriosa. Sem identidade definida, os bailarinos formam uma massa anônima, que se confunde com o espaço. Na coreografia, também criada por Rodrigo Pederneiras, verticalidade e horizontalidade, caos e ordenação, brusquidez e brandura, volume e escassez se contrapõem e se superpõem em consonância com a trilha musical composta por Caetano Veloso e José Miguel Wisnik.



"o fla - flu começou quarenta minutos antes do nada" Nelson Rodrigues

A criação e os primeiros 25 anos desse Corpo

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