Discipulado numa sociedade instantânea

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Este mundo não é amigo da graça. Uma pessoa que assume um compromisso com Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador não encontra uma multidão se formando imediatamente para aplaudir a decisão, nem amigos antigos se reunindo espontaneamente à sua volta para dar os parabéns e aconselhamento. Comumente nada é diretamente hostil, mas há um acúmulo de desaprovação e indiferença agnóstica que constitui, assim mesmo, uma oposição espantosamente pavorosa
Uma velha tradição classifica as dificuldades que enfrentamos na vida de fé nas categorias de mundo, carne e diabo. Estamos, na maioria, bem alertados sobre os perigos da carne e das artimanhas do diabo. Suas tentações têm um formato definível e mantêm uma continuidade histórica. Isso não os torna um pouco mais fáceis de resistir, mas sim mais fáceis de serem reconhecidos.

O mundo, contudo, é multiforme: cada geração tem o mundo com o qual tratar numa forma nova. Mundo é uma atmosfera, um estado de espírito. É quase tão difícil um pecador reconhecer as tentações do mundo como é para o peixe reconhecer as impurezas na água. Há uma impressão, um sentimento, de que as coisas não estão certas, de que o ambiente não é integro, mas exatamente o que é escapa à análise. Sabemos que a atmosfera espiritual em que vivemos corrói a fé, dissipa a esperança e corrompe o amor, mas é difícil apontar exatamente para o que está errado.

Do livro: Uma longa obediência na mesma direção; de Eugene Peterson.

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